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A Ministra do Trabalho, Género e Acção Social, Ivete Alane, anunciou esta quinta-feira, em Maputo, que a revisão salarial para o sector público e privado será adiada. A decisão visa alinhar-se com o atual contexto económico do país, afetado pelo recuo financeiro causado pelas manifestações pós-eleitorais de 2024.
Segundo a Ministra, o processo de definição do salário mínimo é conduzido de forma tripartida, envolvendo o Executivo, os empregadores e os representantes dos trabalhadores.
“Considerando o cenário socioeconómico que o país enfrenta, foi alcançado um consenso entre as três partes para adiar o arranque das negociações até que o ambiente económico seja mais favorável,” esclareceu Alane.
Ela recordou que essa não é a primeira vez que se recorre a esse tipo de adiamento, mencionando o exemplo da suspensão durante a pandemia de Covid-19. Este ano, o processo deverá ser retomado apenas no segundo semestre, dependendo da análise da evolução económica.
Por sua vez, o Secretário-Geral da Organização dos Trabalhadores Moçambicanos – Central Sindical (OTM-CS), Alexandre Munguambe, lamentou o impasse. Ele afirma que, caso dependesse apenas do Governo e dos empregadores, os salários não sofreriam qualquer ajuste este ano.
“Fomos pressionados a aceitar esse cenário, com a justificação de que muitas empresas foram prejudicadas e tiveram de dispensar trabalhadores. Contudo, deixamos claro que esta situação não nos agrada, pois o custo de vida continua a aumentar. Reivindicamos não só a necessidade de ajustar os salários, como também a reintegração dos trabalhadores despedidos e a criação de novos empregos,” disse Munguambe.
A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) também sugeriu o adiamento das negociações para agosto, permitindo assim tempo para que a economia se restabeleça e que as propostas salariais apresentadas tenham maior consistência.
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