Em Destaque

Ministro da Defesa de Moçambique garante combate total aos "Naparamas"

 


O ministro da Defesa moçambicano, Cristóvão Chume, assegurou que as autoridades vão enfrentar os grupos autodenominados "Naparamas" até que deixem de representar uma ameaça, após recentes ataques em comunidades no centro e norte do país.


"Nós vamos continuar a proteger as comunidades, mas, por outro lado, perseguiremos estes grupos até que o risco seja completamente eliminado", declarou Chume à imprensa durante a cerimônia de acreditação de novos adidos de Defesa, realizada hoje em Maputo.


O anúncio acontece após o Exército resgatar cerca de 280 mulheres e crianças que teriam sido sequestradas por supostos "Naparamas". Esses grupos fazem referência a antigos guerreiros tradicionais, conhecidos no norte e centro de Moçambique.


Diálogo esgotado


As autoridades afirmam que as vítimas ficaram retidas por mais de duas semanas numa antiga base da RENAMO, localizada em Sabe, distrito de Morrumbala, na província da Zambézia.


Cristóvão Chume explicou que o Estado tentou resolver a situação por meios pacíficos, contactando lideranças do grupo para que permitissem a normalidade da vida comunitária. "Tentamos todas as alternativas de diálogo, mas, diante do fracasso, foi necessária a intervenção das Forças Armadas", afirmou, reforçando que os atuais agressores não representam os verdadeiros Naparamas.


Os Naparamas originais surgiram nos anos 1980, no contexto da guerra civil moçambicana, utilizando práticas tradicionais e crenças místicas em defesa das suas comunidades.


Comentários