Moçambique em Alerta Diante do Vírus de Marburg

O Ministério da Saúde de Moçambique (MISAU) assegurou, na última sexta-feira, em Maputo, que o país dispõe de meios para monitorar e controlar possíveis surtos de doenças hemorrágicas, como os vírus de Marburg e Ébola.

Durante a atualização sobre a situação epidemiológica, as autoridades de saúde enfatizaram os riscos existentes e as estratégias de vigilância adotadas.

Apesar de o risco de Marburg e Ébola ser baixo em Moçambique, mantemos um nível elevado de alerta e estamos preparados para identificar, conter e responder a qualquer febre hemorrágica. Contamos, inclusive, com capacidade laboratorial para esse fim", destacou Eduardo Samo Gudo, diretor-geral do Instituto Nacional de Saúde (INS).

A preocupação aumentou após a Tanzânia, país vizinho que faz fronteira com as províncias moçambicanas de Niassa e Cabo Delgado, relatar casos de infecção pelo vírus de Marburg. A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada sobre nove casos suspeitos de febre hemorrágica no território tanzaniano, dos quais oito evoluíram para óbito, resultando em uma taxa de letalidade de 90%.

Diante desse cenário, exames laboratoriais foram realizados em algumas amostras, e um dos casos testou positivo para o vírus de Marburg. Como consequência, em 20 de janeiro, o Ministério da Saúde da Tanzânia declarou oficialmente o surto da doença.

Além do Marburg, o governo moçambicano também está atento a outras enfermidades, como sarampo e cólera. Segundo a diretora nacional adjunta da Saúde Pública, Aleny Couto, somente em janeiro de 2025 foram notificados 1.191 casos de sarampo, com maior concentração nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula.

Em relação à cólera, que teve seus primeiros registros no distrito de Nametil, na província de Nampula, a situação parece mais controlada, pois não há novos casos há 45 dias. As autoridades seguem reforçando medidas preventivas para evitar novos surtos.

O MISAU reafirmou seu compromisso com a vigilância epidemiológica e garantiu que tanto os laboratórios quanto as equipes especializadas estão preparados para lidar com qualquer eventualidade relacionada a essas doenças.

Fonte:MZNews