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O governo britânico está avaliando a possibilidade de retirar seu apoio ao projeto de gás natural na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, devido à instabilidade causada pelos ataques armados na região. A confirmação foi feita pelo diretor-executivo da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, durante uma coletiva de imprensa realizada em Paris.
A decisão do Reino Unido foi inicialmente divulgada pelo jornal britânico Financial Times. Segundo Pouyanne, apesar do compromisso anterior com um investimento entre 800 milhões e 1 bilhão de dólares, Londres está reconsiderando sua participação no empreendimento.
Incerteza e Pressão Legal
De acordo com a Voz da América (VOA), a agência governamental britânica UK Export Finance (UKEF) havia garantido, em 2020, empréstimos e garantias financeiras para bancos e empresas britânicas envolvidas no projeto. No entanto, uma fonte citada pelo Financial Times revelou que o primeiro-ministro britânico busca alternativas para manter o investimento, mas teme possíveis ações judiciais caso prossiga com a retirada.
Grupos ambientalistas no Reino Unido argumentam que o projeto contraria os compromissos assumidos na COP26 para a redução do uso de combustíveis fósseis, tornando-o incompatível com as metas climáticas britânicas.
Segurança em Cabo Delgado: Um Obstáculo
Embora questões ambientais sejam um fator relevante, uma fonte oficial citada pelo Financial Times destacou que o principal entrave é a instabilidade em Cabo Delgado, classificada como um "pesadelo".
Pouyanne confirmou que o governo britânico está analisando se possui respaldo legal para abandonar o projeto, mas lembrou que já há contratos firmados. “Estou aguardando para entender como nos explicarão essa decisão”, afirmou o executivo.
Holanda Também Reavalia Participação
Além do Reino Unido, a Agência de Crédito Holandesa está reavaliando sua participação, levando em consideração a situação dos direitos humanos e a violência na região antes de decidir sobre a renovação de um seguro de crédito no valor de 1 bilhão de euros.
O Financial Times também apontou que, no ano passado, o governo dos Estados Unidos, sob a administração de Joe Biden, recusou-se a renovar créditos de 4,7 bilhões de dólares para o projeto.
Pouyanne mencionou ainda que espera que a administração norte-americana reconsidere a decisão e aprove, nas próximas semanas, os empréstimos para a continuidade do projeto de gás liquefeito (LNG) no norte de Moçambique.
Fonte: MZNews
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