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Pelo menos três pessoas morreram e seis ficaram feridas a tiros durante o retorno de Venâncio Mondlane a Maputo, informou a organização Plataforma Decide. Os óbitos ocorreram em dois momentos: quando apoiadores aguardavam a passagem do candidato e durante o discurso de Mondlane, no mercado Estrela.
A Polícia da República de Moçambique usou gás lacrimogêneo e disparos para dispersar a multidão que se reunia para ouvir Mondlane, que retornava após dois meses e meio no exterior. No momento da repressão, o candidato pediu calma aos apoiadores, mas uma ação policial gerou pânico e uma fuga generalizada.
Impacto em Maputo e outras regiões
No centro de Maputo, o comércio reabriu lentamente à tarde, mas algumas ruas permaneciam bloqueadas. Desde o início dos protestos pós-eleitorais, o número total de mortes subiu para 294, com 604 pessoas feridas a tiros e milhares de detenções registradas.
Em Nampula, no distrito de Moma, dois policiais foram mortos por manifestantes em um confronto violento. Segundo o porta-voz da polícia, Orlando Mudumane, os agentes foram agredidos e seus corpos queimados. Três pessoas foram presas.
Mondlane acusa genocídio silencioso
Ao chegar ao Aeroporto Internacional de Maputo, Mondlane afirmou que regressou para enfrentar as autoridades e denunciar a violência contra seus apoiadores. Ele classificou a repressão como "um genocídio silencioso" e defendeu o diálogo como solução para a crise política.
Mondlane é acusado de ser o autor moral dos protestos que causaram destruição e prejuízos de mais de dois milhões de euros na província de Maputo. Apesar disso, o Tribunal Supremo declarou que não há mandado de captura contra ele.
A contestação ocorre após o Conselho Constitucional proclamar Daniel Chapo, da FRELIMO, vencedor das eleições presidenciais de outubro com 65,17% dos votos. O cenário permanece tenso, com Mondlane prometendo liderar a oposição e o país enfrentando incertezas políticas e sociais.
Fonte: Dw Moçambique
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