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Os protestos que sucederam as eleições em Moçambique começaram em 21 de outubro de 2024 e, até 15 de janeiro de 2025, desenvolveram-se em quatro etapas, sendo a última denominada “Ponta de Lança”. Todas as fases foram marcadas por episódios de violência, incluindo mortes e ferimentos causados por disparos da polícia. Embora as autoridades tenham inicialmente alegado a presença de “infiltrados armados” como justificativa para os confrontos, muitas mortes foram atribuídas à repressão policial. Além disso, houve detenções sem justificativa aparente, algumas revertidas após a intervenção da Ordem dos Advogados de Moçambique.
A Plataforma Eleitoral Decide, organização responsável por monitorar as manifestações desde o início, registrou as ocorrências em todo o território nacional. Seus dados mostram que a Fase 4 foi a mais longa e violenta, com 263 mortes, 410 feridos por tiros e 1.428 detenções.
Em comparação, a Fase 1 registrou 16 mortes, a Fase 2 contou com 13, e a Fase 3, 11 vítimas fatais. Quanto aos feridos por disparos, foram 47 na Fase 1, 36 na Fase 2 e 86 na Fase 3. No quesito detenções, houve 864 registros na Fase 1, 699 na Fase 2 e 1.237 na Fase 3.
A maioria das vítimas foi composta por civis que participavam das manifestações, embora também haja registros de policiais entre os mortos. No total, até 15 de janeiro de 2025, foram contabilizados 303 óbitos, 609 feridos por tiros e 4.228 detenções, de acordo com os dados da Plataforma Eleitoral Decide.
Fonte: MZNews
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