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Moçambicanos entre as vítimas resgatadas sem vida em Stilfontein




Nas últimas duas semanas, nove corpos e 34 pessoas foram resgatados de uma mina ilegal e abandonada em Stilfontein, na província noroeste da África do Sul. Além disso, desde novembro, cerca de 1.500 indivíduos foram presos em operações relacionadas à exploração ilegal, sendo 997 deles cidadãos moçambicanos.


A operação, que já dura 16 dias, é conduzida com financiamento do Departamento de Recursos Minerais e Energia e do Conselho de Minerais da África do Sul. Até o momento, 34 trabalhadores ilegais foram encontrados, incluindo nove corpos. A missão mobilizou 180 agentes policiais, além de voluntários locais e familiares das vítimas, que acompanham os trabalhos no local.


Em entrevista à NewsRoom, Thembile Botman, líder comunitário, revelou que parte dos corpos recuperados pertence a moçambicanos. Ele também informou que algumas das vítimas já foram sepultadas em Moçambique, e as autópsias indicaram que a causa da morte foi fome.


“Os líderes comunitários têm informado as famílias sobre a situação. Recentemente, alguns corpos recuperados já foram enviados para Moçambique para sepultamento. As autópsias mostram que a fome foi a principal causa de morte”, afirmou Botman.


O líder comunitário criticou a lentidão nos resgates e sugeriu mudanças para agilizar os trabalhos. “Por que não operamos 24 horas por dia? Parar às seis da tarde enquanto vidas estão sendo perdidas diariamente não faz sentido. Se há máquinas que podem operar continuamente, basta mudar as equipes. É preciso mais urgência”, questionou Botman.


O ministro da Polícia da África do Sul, Senzo Mchunu, durante uma visita a Stilfontein, informou que mais de 1.500 mineiros ilegais foram presos antes do início das operações de resgate, com 997 desses detidos sendo moçambicanos.


Fonte: O pais 

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