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Existe uma possível influência oculta nas fugas das prisões?

 


Rebeliões em cadeias moçambicanas levantam suspeitas, As recentes rebeliões nas prisões de Moçambique têm causado preocupação, com incidentes relatados em várias províncias e fugas em massa de reclusos. Segundo a imprensa local, as fugas ocorreram em pelo menos seis estabelecimentos prisionais, mas o número exato de vítimas ainda não foi confirmado.


Na última quarta-feira (25), cerca de 1.534 detentos escaparam da Cadeia Central de Maputo, considerada de máxima segurança, conforme informou o comandante-geral da polícia, Bernardino Rafael. A situação foi classificada pelas autoridades como uma ação "premeditada" e atribuída a manifestantes insatisfeitos com os resultados eleitorais recentes.


Entretanto, Muhammad Yassine, político e académico moçambicano, questiona a versão oficial. Ele considera o caso "estranho" e "mal explicado", principalmente pela ausência de alertas prévios ou relatos de resistência por parte dos guardas da prisão. "Como é possível que mais de 1.500 pessoas escapem de uma cadeia de alta segurança sem qualquer relato de confronto com o pessoal de segurança?", questiona.


Para Yassine, é possível que a situação tenha sido deliberadamente facilitada por forças internas para desviar a atenção das manifestações pós-eleitorais. Até agora, mais de 40 mortes foram confirmadas em decorrência dos episódios de violência, mas as investigações continuam em curso.


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