Em Destaque

Daniel Chapo: “A partida terminou”

PRM barra manifestação contra perseguições e assassinatos em Maputo



A Polícia da República de Moçambique (PRM) impediu neste sábado (19), na cidade de Maputo, a realização de uma manifestação que pretendia denunciar os assassinatos e perseguições contra opositores políticos e cidadãos com opiniões divergentes ao governo atual.


O cancelamento da marcha gerou indignação entre os participantes, que afirmam se tratar de um ato pacífico. Evandro Sigaval, ativista social e um dos organizadores do protesto, explicou que o percurso da manifestação começaria na estátua de Eduardo Mondlane e terminaria na Procuradoria-Geral da República (PGR), com objetivos bem definidos.


“A Procuradoria tem a obrigação não só de investigar, mas também de informar os moçambicanos sobre esses crimes. Quem são os responsáveis por essas atrocidades?”, questionou Sigaval.


Já Clemente Carlos, outro membro da organização, criticou duramente a ação das autoridades. “Isto é repressão, é a ditadura em curso! Só a Frelimo tem liberdade para se manifestar. Jovens, a luta continua, mas agora vamos regressar para casa.”


Apesar do impedimento, os organizadores afirmaram à RFI que pretendem retomar os protestos nas ruas para condenar os ataques e perseguições contra opositores e vozes dissidentes em Moçambique.

Comentários