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Durante uma visita à província de Tete, o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, voltou a responsabilizar o opositor Venâncio Mondlane pela instigação de protestos considerados violentos e ilegais, ocorridos após as eleições de outubro passado. No comício realizado no distrito de Moatize, Chapo fez um apelo à coesão entre os moçambicanos para promover o progresso do país.
Segundo o chefe de Estado, as manifestações convocadas por Mondlane ocorreram antes mesmo da divulgação oficial dos resultados eleitorais, o que, para Chapo, demonstra uma intenção prévia de provocar instabilidade, independentemente do desfecho das urnas.
Venâncio Mondlane, que disputou as eleições presidenciais e contesta os resultados, liderou mobilizações que, de acordo com organizações da sociedade civil, resultaram na morte de aproximadamente 390 pessoas, além de danos a propriedades públicas e privadas. O Governo reconhece oficialmente 80 vítimas fatais, além da destruição de mais de 1.600 estabelecimentos comerciais, 177 escolas e 23 centros de saúde.
Apesar do clima de tensão, no dia 23 de março, Chapo e Mondlane se reuniram pela primeira vez e firmaram um compromisso para pôr fim à violência e restaurar a estabilidade nacional.
Durante o discurso, o Presidente reforçou que o país dispõe de instituições próprias para lidar com disputas eleitorais e criticou o fato de Mondlane ter se autoproclamado vencedor antes da apuração completa dos votos.
Chapo concluiu seu pronunciamento com um apelo à paz e à reconciliação: “Devemos nos unir em torno do espírito de unidade nacional, rejeitar o ódio e construir juntos um Moçambique mais pacífico e desenvolvido”.
Como parte desse esforço, foi lançada em 7 de abril a tocha da unidade nacional, que percorre o país de norte a sul, com chegada prevista a Maputo em 25 de junho, marcando as celebrações pelos 50 anos da independência moçambicana.
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