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Governo cancela concurso para aquisição de aeronaves para LAM


Governo cancela concurso para aquisição de aeronaves para LAM

O concurso para a aquisição de oito aeronaves para a empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) foi cancelado pelo Governo, anunciou, na segunda-feira, o Presidente da República, Daniel Chapo.

Daniel Chapo, LAM
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1:20

Conforme avançou, a liderança do processo para a constituição de uma frota própria da LAM foi confiada a “raposas” com interesses próprios. Conforme notou, a administração da companhia de bandeira foi assaltada por cartéis de corruptos “lobistas e nhonguistas”.

“Uma das acções de impacto que havíamos previsto nos primeiros cem dias da nossa governação é a aquisição de três aeronaves para a LAM. Entretanto, quando decidimos que teríamos disponíveis, pelo menos, três aeronaves, antes dos cem dias, descobrimos que dentro da LAM, fomos entregar raposas para cuidarem de um galinheiro, ou gatos para cuidar de ratos. Descobrimos que dentro da nossa empresa há pessoas com conflitos de interesse. Não lhes interessa que a LAM tenha aviões próprios. Lhes interessa que a LAM continue a alugar aviões porque com isso ganham comissões. E nós decidimos, como Governo, que vamos reestruturar a LAM” notou.

Falando em Maputo, por ocasião do balanço dos primeiros cem dias de governação, o Chefe de Estado adiantou que o processo de reestruturação da LAM vai incluir interrupção ou cessação de carreiras.

Segundo o PR, uma equipe foi destacada para avaliar aeronaves na Europa, mas depois de 15 dias, disseram não ter conseguido, sequer, inspeccionar uma. “Não faz sentido”, disse Chapo.

“Por isso, tivemos de cancelar todo o processo e reorientar o mesmo, uma vez que é importante que se cuide dos interesses do povo e não interesses de pessoas ou de grupos. Neste sentido, a reestruturação vai incluir, reestruturar pessoas, para irem para casa, sentar e deixar-nos trabalhar, para podermos adquirir novas aeronaves. Estamos a dizer isso, porque o processo, atinente às primeiras três aeronaves fez com que pessoas saíssem de Moçambique, com o dinheiro de novos accionistas disponível, tendo ido ficar 15 dias na Europa, para inspeccionar aviões e voltarem para Moçambique e dizer que não conseguiram inspeccionar nem um avião sequer, coisa que não faz sentido e não tem lógica” lamentou.

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