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Daniel Chapo: “A partida terminou”

Cidadão acusa autoridades de perseguição e repressão brutal

Um cidadão moçambicano denunciou publicamente uma série de ameaças e atos de violência atribuídos a agentes ligados ao regime da FRELIMO. Em um desabafo carregado de emoção e revolta, ele afirma ter sido alvo de ameaças devido à sua postura crítica em relação ao governo, e denuncia a execução brutal de seu próprio filho, supostamente a mando de figuras ligadas ao poder local.

"A FRELIMO construiu sua fortaleza sobre o sangue e o sofrimento do povo", escreveu o cidadão, sublinhando que a repressão e o medo já não são suficientes para silenciar a indignação popular. Segundo ele, a dor e a injustiça vividas pelo povo moçambicano estão a alimentar uma resistência crescente, que não será calada enquanto persistirem os abusos de poder.

Entre as acusações mais graves, destaca-se uma mensagem direta dirigida ao Presidente do Conselho Municipal de Inhambane, Daniel Chapo, responsabilizando-o diretamente pela morte do seu filho. "Sua Excelência, porquê mandaste balear meu filho? Ele era apenas uma criança inocente, voltava da escola trajado com seu uniforme escolar", escreveu o pai em carta aberta.

O caso expõe uma realidade alarmante de repressão e violência dirigida a cidadãos comuns, onde crianças acabam por se tornar vítimas de um sistema que, segundo o denunciante, "perdeu o respeito pela vida humana".

Com o coração ferido, o pai questiona as promessas feitas durante campanhas eleitorais e cobra respostas diretas do presidente municipal. "Foi para isso que pediste nossos votos? Para matar nossos filhos?", questiona, deixando claro que a revolta popular cresce a cada nova injustiça.

A denúncia ecoa num momento de grande tensão social em Moçambique, onde vozes críticas têm sido perseguidas e ameaçadas, num claro sinal de que a liberdade de expressão continua em risco. Enquanto isso, familiares de vítimas da violência do Estado seguem clamando por justiça e pelo fim da impunidade.

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