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Trump confunde província de Gaza, em Moçambique, com Faixa de Gaza em polêmica sobre preservativos



O chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA (DOGE) admitiu nesta terça-feira que o presidente Donald Trump cometeu um equívoco ao confundir a província de Gaza, em Moçambique, com a Faixa de Gaza, território no Oriente Médio, ao comentar sobre supostos gastos milionários com preservativos.

"Primeiramente, algumas das coisas que digo podem estar erradas e precisam ser corrigidas", declarou Elon Musk a jornalistas no Salão Oval, após ser questionado sobre informações de que milhões de dólares teriam sido destinados à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis na província moçambicana.

No início do mês, Trump afirmou que seu governo – por meio do DOGE e do Escritório de Gestão e Orçamento (OMB) – havia identificado e bloqueado uma remessa de 50 milhões de dólares em preservativos para Gaza, alegando que os fundos seriam usados pelo grupo Hamas.

A declaração foi inicialmente feita pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que afirmou que o valor sairia dos cofres da USAID para financiar programas de distribuição de preservativos na região. No entanto, devido às tensões atuais entre Israel e o Hamas, a informação rapidamente se espalhou de forma distorcida, sugerindo que os preservativos seriam destinados ao grupo armado.

Durante uma coletiva de imprensa, ao ser confrontado por uma jornalista sobre a veracidade da informação, Musk reconheceu o erro:

"Erros acontecem, mas devemos corrigi-los rapidamente", afirmou.

O empresário ainda ironizou a situação ao questionar a necessidade de tal investimento: "Não sei se deveríamos enviar 50 milhões de dólares em preservativos para qualquer lugar. Francamente, não sei se isso deixaria os americanos felizes. E, convenhamos, esse é um número bastante alto de preservativos... Se fosse para Moçambique em vez de Gaza, bom, talvez não fosse tão ruim. Mas por que estamos fazendo isso?".

Uma análise de dados da USAID, abrangendo o período de 2007 a 2023, contradiz as alegações do governo americano. Os registros não indicam nenhuma remessa de preservativos para a Faixa de Gaza. O único envio documentado para o Oriente Médio nesse período foi um lote avaliado em 45.680 dólares, destinado à Jordânia em 2023 – a primeira entrega registrada na região desde 2019.

Por outro lado, dados do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (HHS) mostram que a Elizabeth Glaser Pediatric AIDS Foundation, em Moçambique, recebeu mais de 83 milhões de dólares desde 2021 para projetos de saúde reprodutiva nas províncias de Inhambane e Gaza.

Fonte:MZNews 

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