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Daniel Chapo: “A partida terminou”

Assessor Rompe com PODEMOS e Acusa Partido de Traição à Luta Popular



Dinis Tivane, assessor de Venâncio Mondlane, anunciou sua saída do PODEMOS, acusando o partido de trair a luta do povo. A decisão foi tomada após a posse antecipada do partido no parlamento, em um momento de forte contestação aos resultados eleitorais.

Em um comunicado assinado por Tivane e divulgado pelo Gabinete do Presidente Eleito pelo Povo, ele afirmou que o partido se afastou dos interesses populares, ignorando o sofrimento dos moçambicanos que enfrentaram perseguições, sequestros e violência política.

Crise no PODEMOS e disputa política

O PODEMOS, criado em 2019 por dissidentes da FRELIMO, ganhou força ao apoiar Mondlane nas eleições presidenciais de outubro de 2024. Após conquistar 43 assentos no parlamento, tornando-se a maior força da oposição, o partido aceitou tomar posse, mesmo diante da recusa inicial de outras formações opositoras, como a RENAMO e o MDM.

Tivane acusou o PODEMOS de desvirtuar o acordo político firmado anteriormente e de participar de um diálogo com o governo sem apresentar uma agenda concreta, levantando suspeitas de que a negociação poderia beneficiar apenas a elite política.

Resposta do PODEMOS

O porta-voz do partido, Duclésio Chico, negou a validade do documento e alegou que o acordo firmado era exclusivamente com Venâncio Mondlane. Além disso, afirmou que Mondlane teria violado cláusulas de confidencialidade, levando ao rompimento definitivo do entendimento entre as partes.

Tensão política em Moçambique

Desde outubro de 2024, o país enfrenta intensas manifestações e confrontos, com centenas de mortes e feridos em meio a protestos contra os resultados eleitorais. A crise política se intensificou com a posse do novo parlamento e a crescente desconfiança entre os partidos de oposição.

Fonte: DW

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