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O candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane afirmou estar convencido de que o Presidente Filipe Nyusi pretende manter-se no poder, possivelmente declarando estado de emergência. A declaração foi feita durante uma videoconferência com deputados do grupo Renovar a Europa, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo. Mondlane revelou que foi contactado por Nyusi pela primeira vez desde o início das manifestações, há dois meses, mas não deu detalhes sobre a conversa.
Mondlane, que rejeita os resultados das eleições gerais de 9 de outubro, acredita que o presidente busca usar os protestos como justificativa para prolongar sua permanência no poder. Ele lidera manifestações que já resultaram em pelo menos 130 mortes, 385 feridos por bala e milhares de detenções, segundo a ONG Plataforma Eleitoral Decide.
O anúncio oficial dos resultados pelo Conselho Constitucional (CC) está previsto para 23 de dezembro, e Mondlane teme um aumento na violência após a decisão. Ele acusa o CC de manipular a opinião pública e alerta para os riscos de uma escalada de tensões. Embora rejeite apelos ao caos, o candidato enfatiza que o futuro do país está em jogo.
Atualmente fora de Moçambique, Mondlane afirma que sua segurança foi priorizada por apelos de apoiadores. Ele mantém sua localização em sigilo, mas expressa o desejo de retornar ao país, condicionado ao desfecho das eleições e planeja realizar um ato simbólico no dia 15 de janeiro.
Mondlane também criticou a resposta da comunidade internacional, classificando-a como insuficiente frente à crise social e política em Moçambique, e fez um apelo por maior intervenção.
Fonte:Dw
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