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O Presidente da República, Filipe Nyusi, alertou hoje para a possibilidade de a província de Nampula estar sob ataque terrorista, pelo menos em um dos seus distritos.
O chefe de Estado afirmou que a destruição, ontem, do Centro de Tratamento da Cólera no distrito de Mogovolas pode ser considerada um ato terrorista.
Mogovolas é atualmente o único distrito do país com um surto ativo de cólera. Desde a declaração do surto em outubro, até 13 de novembro, foram registrados 294 casos, incluindo 11 nas últimas 24 horas, e 21 óbitos, sendo 17 em comunidades locais.
"Isso não é culpa da doença, mas sim de ações humanas", declarou Nyusi. Ele também afastou qualquer relação com manifestações pós-eleitorais, enfatizando a necessidade de manter o foco na situação de segurança. "Incendiaram o centro de tratamento de cólera, assim como aconteceu anteriormente com o hospital distrital de Mocímboa. Qual é a diferença?", questionou.
O distrito de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, já enfrentou ataques terroristas que resultaram na deslocação de milhares de pessoas. Segundo o presidente, durante a graduação de oficiais na Academia Militar Marechal Samora Machel, populares em Angoche incendiaram a unidade sanitária de Mogovolas pela terceira vez desde o início do surto de cólera.
Nyusi também destacou que Mogovolas foi identificado como local de recrutamento de jovens para o terrorismo. Durante os recentes ataques, o bloco operatório e outros setores do centro de saúde foram vandalizados, e um profissional de saúde ficou gravemente ferido. "Qual é a diferença entre isso e os ataques em Palma, onde também destruíram laboratórios?", indagou.
A situação em Mogovolas permanece crítica, com relatos de perseguição a profissionais de saúde, inclusive em suas residências, e da destruição de um posto policial. Um agente foi morto durante os ataques, e o presidente lamentou a falta de atenção aos direitos humanos nesse caso, lembrando que o policial tinha família e estava em missão de serviço.
Nyusi classificou o padrão de ações em Mogovolas como terrorismo e incumbiu os recém-graduados de trabalharem com a Polícia da República de Moçambique (PRM) para esclarecer os eventos no distrito. "Precisamos entender exatamente o que está acontecendo. Devemos proteger e respeitar os cidadãos e evitar que se matem entre si", afirmou. Ele também mencionou que algumas das línguas faladas na área não são típicas da região, sugerindo possíveis influências externas.
Dependendo da avaliação no local, o Centro de Saúde de Mogovolas pode ser temporariamente fechado ou operar com médicos-militares até que a estabilidade seja restaurada.
Fonte:MZNews
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