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Marcelo Rebelo de Sousa responde a críticas de Venâncio Mondlane e reforça apelo ao diálogo





 Marcelo Rebelo de Sousa responde a Venâncio Mondlane e defende diálogo entre as partes

O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, reafirmou nesta terça-feira a importância do diálogo como solução para os conflitos em Moçambique. Sua declaração foi vista como uma resposta indireta às críticas do candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane.


“No meu comunicado, expressei exatamente o que pretendia. Como Presidente da República, reconheci os resultados divulgados pelo Conselho Constitucional de Moçambique e fiz um apelo incisivo ao diálogo neste momento delicado. Nada mais além disso”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa durante uma visita ao Barreiro, onde manteve a tradição natalina de saborear uma ginjinha, prática que mantém desde que assumiu o cargo em 2016.


A declaração foi feita após questionamentos de jornalistas sobre a reação gerada pelo comunicado oficial de Marcelo e do governo português em relação aos resultados das eleições em Moçambique.


Mais cedo, Venâncio Mondlane havia criticado duramente os pronunciamentos do Presidente português e do primeiro-ministro de Portugal. Ele considerou as declarações como um reconhecimento injusto da vitória da Frelimo e do seu candidato, Daniel Chapo, apontando irregularidades no processo eleitoral.


“É lamentável que o Presidente da República e o primeiro-ministro portugueses tenham dado respaldo à Frelimo com base em resultados profundamente questionáveis e manipulados proclamados pelo Conselho Constitucional”, escreveu Mondlane em sua conta no Facebook.


O candidato da oposição também expressou frustração, afirmando que esperava de Portugal um papel mais ativo e imparcial na busca por paz e estabilidade em Moçambique.


A crise pós-eleitoral em Moçambique foi intensificada pela rejeição dos resultados das eleições presidenciais e legislativas de 9 de outubro por parte de Mondlane, apoiado pelo partido Podemos. Na segunda-feira, o Conselho Constitucional proclamou Daniel Chapo, candidato da Frelimo, como vencedor da presidência com 65,17% dos votos, sucedendo Filipe Nyusi. A Frelimo também manteve sua maioria no parlamento.


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